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O triste dilema dos refugiados

  • relyjae
  • 25 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de abr. de 2022

“Quando não houver saída / Quando não houver mais solução / Ainda há de haver saída/ Nenhuma ideia vale uma vida / Enquanto houver sol / Enquanto houver sol / Ainda haverá”. (Titãs)

 

Quando vejo na televisão aqueles barcos lotados de gente em fuga de seus países, me bate um sentimento de desesperança. Triste ter que partir do lugar que se ama, ser despejado de sua pátria assolada pela miséria ou pela guerra. Deixar para trás sua história, seu lar, seus pertences, amigos e muitas vezes até a família. A dor de ter suas raízes arrancadas, rasgando o peito como uma planta que rasga o solo ao ser retirada. Que covardia, tudo a revelia! Pessoas inocentes obrigadas a esta difícil escolha de vida ou de morte, de partir ou de ficar. E tudo por causa de interesses políticos escusos, que chegam ao extremo dos conflitos armados. Chegou a hora de partir, sua pátria não é mais mãe gentil, eclodiu a guerra, a revolução invadiu. Triste dilema dos refugiados...

E agora, para onde ir? Como chegar? Riscam o mar em embarcações precárias, sem a certeza da chegada; outros se arriscam a atravessar um deserto a pé, sem a certeza da chegada; ou confiam seu último tostão a pessoas nem sempre corretas, que lhes acenam com a Terra Prometida, sem a certeza da chegada. E assim entregues de corpo e alma eles seguem, sem a certeza da chegada.


Muitos ficam pelo caminho e aqueles que conseguem chegar a algum destino, nem sempre são bem-vindos. Com sorte recebem asilo, passando pelas dificuldades de viver em um acampamento improvisado, superlotado. Lá esperam permissão para sair e trabalhar, tentar se integrar num lugar onde sempre serão estrangeiros, tratados com desconfiança. Outros viverão na clandestinidade, sem nem sequer existirem, apátridas. Mas não tiveram melhores opções.


O mundo sempre teve ondas de migrações em épocas passadas, por escolha própria ou também por necessidade. Algumas bem sucedidas outras nem tanto. Mas desde a segunda Guerra Mundial não se via uma onda tão grande de refugiados como nesses últimos anos. Esperamos que não se repitam os erros do passado e que haja uma forma de contornar esta grave crise que assola o mundo moderno. Sim, estamos descrentes com a humanidade, com tantas crises mundo afora sem soluções pacíficas. Precisamos acreditar em algo. Milagre? Quem sabe a solidariedade vença o egoísmo e a ganância. E encontre um lugar ao sol para todos.


 



1 Comment


Magda Collares Machado
Magda Collares Machado
Jul 26, 2020

Triste realidade, famílias lutando pela sobrevivência, em busca de um lugar ao sol .

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